segunda-feira, 15 de junho de 2009


Silêncio dos Lobos
(Aldo Novak)

Pense em alguém que seja poderoso...
Essa pessoa briga e grita como uma galinha, ou olha e silencia, como um lobo.
Lobos não gritam.
Eles têm a aura de força e poder.
Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.
Se você está em silêncio, olhando para o problema,
mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.
Olhe.
Sorria.
Silencie.
Vá em frente.
Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar.
Escolha qual desses momentos é o correto,
mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.
Não é verdade !
Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir.
Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência por mais que assim o pareça.
Você pode escolher o silêncio. Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenocrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar:
“ME ARREPENDO DE COISAS QUE DISSE, MAS JAMAIS DO MEU SILÊNCIO".
Responda com o silêncio, quando for necessário.
Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais.
Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não responder em alguns momentos.
Você verá que o o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.
E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.

terça-feira, 9 de junho de 2009


Você já observou alguma vez, que o nosso comportamento nem sempre está embasado na coerência?
É comum percebermos alguns contra-sensos sobressaindo nas nossas ações.
Um deles é o fato de pedirmos a Deus que nos dê saúde, e nos entregarmos a vícios geradores de enfermidades.
Há contra-senso quando reclamamos os nossos direitos, desrespeitando os dos outros.
Gostamos de ouvir a música de nossa preferência, e ligamos o som num volume que obriga os vizinhos a ouvi-la também, esquecendo-nos de que, se temos direitos, os outros igualmente os têm.
Às vezes, em nome da justiça que dizemos defender, cometemos outras tantas injustiças.
Alguns de nós lutamos por defender a natureza, o verde, os animais, enquanto crianças morrem, vítimas da fome e da falta de atendimento médico, ao nosso lado.
E, enquanto se divulga a intenção de conter a prostituição infantil, o dito turismo sexual, a pedofilia, os mesmos meios de comunicação que criticam essas barbaridades, promovem concursos nos quais são mostradas meninas de apenas 5 anos de idade com roupas coladas ao corpo, maquiadas como adultas, dançando freneticamente, de forma sensual.
Dizemos lutar contra esses abusos, mas criamos todas as condições favoráveis para que proliferem. É um contra-senso.
Outro aspecto está na luta pela paz. Os países, para preservar a paz, promovem o armamento.
A paz não se conquista nos campos de batalha, nem virá por decreto. É luz íntima.
Se não atentarmos para esses contra-sensos, estaremos passando aos nossos filhos a imagem de um mundo no qual não se pode confiar.
Um mundo em que não se sabe o que é verdade e o que é mera ilusão, jogo de interesses, mentiras.
É importante que decidamos quais são os nossos verdadeiros valores e lutemos por eles com fidelidade.
Seja nosso falar: Sim, sim, não, não, conforme adverte o Cristo.
Se nos agrada lutar pelos direitos, que o façamos integralmente, defendendo tanto os nossos, quanto os dos outros.
Se quisermos defender a natureza, que a nossa defesa seja abrangente, defendendo tudo o que respira na face da Terra.
Se desejamos que Deus nos dê saúde, lutemos por preservá-la.
Agindo com coerência em todos os momentos, é que poderemos intitular-nos como verdadeiros idealistas.
* * *
A paz construída sobre os escombros dos povos vencidos é vitória passageira.
A felicidade conseguida à custa das lágrimas alheias, é mera ilusão.
Os direitos que soterram os direitos alheios, são construção de desequilíbrios futuros.
Só o respeito mútuo é capaz de efetivar o ideal no bem duradouro, para toda a eternidade.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O TAMANHO DA ESPERANÇA
A esperança tem o tamanho da semente que plantamos no nosso coração.
O que nos faz desistir com freqüência de um caminho é a visão longíqua
demais do que deve ser percorrido. Só de olhar, já desistimos.
Por essa razão não tomamos atitudes, não recomeçamos um estudo,
não ousamos algo novo, não nos construímos e nem damos
exemplos aos nossos.
Não descobrimos lugares novos, não vamos visitar pessoas,
não fazemos planos (ou fazemos e deixamos pela metade)
e não concretizamos muitas coisas que seriam possíveis e proveitosas.
Nos cansamos antes do cansaço chegar.
É assim com muitas coisas do dia-a-dia: a esperança abandona seu lugar tão facilmente ao desânimo que no fim das contas não fazemos nada.
E um dia olhamos pra trás e nos dizemos que se tivéssemos começado,
já teríamos terminado. Talvez, quem sabe, a terra do nosso coração esteja seca demais para fazer brotar a semente da esperança.
Ou julgamos que essa semente é pequena demais para produzir algo grande.
Que igenuidade da nossa parte!!!
O tamanho de uma semente nada tem a ver com o tamanho da planta!
Mas a fertilidade da terra, sim.
Os corações devem ser terras menos áridas, menos amargas,
mais dóceis e mais receptivas e tudo aquilo que for plantado neles crescerá e prosperará.
O caminho a ser percorrido não deve ser medido com os olhos da desesperança.
Deus não vê o seu tamanho pela sua estatura, mas pelo potencial que Ele só
conhece do seu íntimo. Ele joga sementes de grandes esperanças
na terra do seu coração, mas você deve arar a terra, prepará-la e tomar a
sua parte de responsabilidade.
Os frutos, creia, serão seus!
O horizonte é maravilhoso demais e ele nos faz sonhar.
Mas olhe para seus pés e veja onde deve começar, conte seus passos dando o melhor de si mesmo e daqui a algum tempo você vai poder olhar para trás e rir de satisfação.
Porque o tempo passa se você fica parado ou se você caminha.
O que você realiza ou não depende de você ter começado ou não.
Ouse acreditar! Ouse dar passos!
Ouse ousar!
Nós mesmos nascemos de pequenas sementes.
Nascemos da esperança de Deus, que crê em nós e insiste.
Ele sabe que somos todos capazes de chegar a algum lugar.
(desconheço a autoria)
* * * * *