segunda-feira, 24 de agosto de 2009


Por favor, não roubem seus colaboradores.
João Alfredo Biscaia*

Muito provavelmente, os leitores deste artigo devem considerar o título extremamente agressivo, inclusive deselegante. Proponho que tenhamos muita calma e atenção sobre esse assunto, pois para mim, realmente, existem muitos "ladrões" nas organizações, não do dinheiro das empresas, mas sim das pessoas que com eles trabalham.
A argumentação que tenho sobre essa afirmativa foi baseada no livro O caçador de pipas, de Khaled Hosseini, que tive o enorme prazer de ler e reler. Permito-me dizer que o livro me foi emprestado pela minha ex-sogra, acompanhado do seguinte bilhete: "Este livro é bom demais para ficar na prateleira".
Principalmente em razão do bilhete, me encorajei em não deixar "engavetado na prateleira da minha cabeça" as conexões que consegui fazer durante a leitura deste livro com a realidade das organizações e nas atitudes, posturas e comportamentos de muitas pessoas que se auto-intitulam de líderes de pessoas, apenas em função do cargo que exercem.
De todos os prazeres e sensações agradáveis e muitas vezes tristes, que a leitura deste livro me proporcionou, a mais marcante e significativa para mim foi a seguinte:
Em conversa com seu filho Amir, Baba afirma que existe apenas um pecado no mundo: o do roubo.
Ele justifica essa afirmação, dizendo:
· Quando você deixa de dizer para alguém alguma coisa que você acredita ser "verdade", você está "roubando" o direito dele saber o que você sente a seu respeito.
· Quando você mata alguém, você está "roubando" o direito de outras pessoas conviverem com a pessoa que você matou.
· Quando você "maltrata" alguém, você está "roubando" o direito dessa pessoa de ser feliz.
· Quando você mente para alguém, você está "roubando" o direito dela conhecer a verdade.
Como decorrência dessas assertivas, imediatamente surgiu em minha mente os inúmeros "roubos" praticados nas organizações.
Relaciono alguns deles para que os leitores possam examinar se, em sua organização, eles são praticados.
· Quando você chega atrasado em uma reunião, você está "roubando" o tempo das pessoas que chegaram na hora marcada.
· Quando você quer, ou impõem, que seus "colaboradores" (não podemos mais falar subordinados, é um termo ofensivo, dizem alguns), fiquem trabalhando rotineiramente após as 8 horas diárias, você está "roubando" o direito ao lazer, ao estudo, além do prazer que todos nós temos em desfrutar da companhia da esposa, filhos e dos amigos do coração.
· Quando você pede urgência na execução de determinada tarefa, e depois não dá a menor importância, você está "roubando" o seu colaborador.
· Quando você pensa que alguns de seus subordinados não estão correspondendo às suas expectativas, e nada diz, você está "roubando" a vida profissional deles.
· Quando você fala a respeito das pessoas e não com as pessoas, você está "roubando" a oportunidade deles saberem a opinião que você tem a respeito deles.
· Quando você não reconhece os aspectos positivos que todas as pessoas têm, você está "roubando" a alegria e a satisfação que todos nós precisamos por nos sentir valorizados e úteis. Além de "roubar", você está sendo o principal gerador de um ambiente de trabalho desmotivador e desinteressante.
Tenho hoje a convicção - não a verdade - de que realmente só existe um único pecado que qualquer profissional pode cometer no exercício de cargos de liderança:
NÃO DIZER, DE FORMA EXPLICITA CLARA E DESCRITIVA, COMO PERCEBE E SENTE OS DESEMPENHOS E OS COMPORTAMENTOS DAS PESSOAS COM QUEM TRABALHA.
Todos nós temos um discurso fácil ao afirmar que é imprescindível haver respeito e consideração com todas as pessoas com quem convivemos, quer no plano pessoal ou profissional. Pensar e falar são coisas extremamente fáceis.
O grande desafio está no agir, no fazer, no praticar aquilo que se diz ou pensa como sendo o certo, o correto nas relações entre as pessoas.
Não valemos pelo que pensamos, mas sim pelo que realmente fazemos.
Tenho constatado, como base no mundo real, que a maioria das pessoas deixam de se manifestar sobre como percebe e sente o comportamento das pessoas com quem convivem. A racionalização por não dizer nada é baseada no argumento de que, "afinal, ninguém é perfeito" e vai acumulando insatisfações, com reflexos inevitáveis nas relações.
Acrescento que o pior tipo de relacionamento que podemos praticar com as pessoas com quem trabalhamos e vivemos é o do silêncio. O silêncio fala por si só. Diz muita coisa, e gera uma relação de paranóia, muita ansiedade e enorme frustração. Dizem que as pessoas admitem boas ou más notícias, detestam surpresas.
Tomo a liberdade de recorrer a um artigo escrito por Eugenio Mussak, na revista Vida Simples, do mês de julho deste ano. Ele é enfático ao afirmar que feedback é uma questão de respeito e consideração para a outra pessoa.
Chego à conclusão de que só damos feedback para as pessoas que respeitamos e gostamos.
Dar e receber feedback são questões básicas e essenciais para a existência de uma relação saudável, duradoura e, principalmente, respeitosa.
Considero oportuno lembrar, também, que todas as coisas que prestamos atenção tendem a crescer. Se olharmos, tão somente os aspectos negativos de alguém, esses tendem a crescer aos nossos olhos.
O inverso também parece ser fatal. Se dirigirmos nossas observações a respeito das questões positivas que todos nós temos, existe a grande possibilidade delas também crescerem.
Em síntese: sugiro que façamos um exame de consciência profundo nas diversas relações que mantemos. Se pergunte com bastante freqüência: Será que eu estou "roubando" de alguém algumas informações ou percepções que podem lhes ser úteis para o seu crescimento pessoal e profissional?
(Contribuição de Alexandrina Lopes)

terça-feira, 11 de agosto de 2009



A ENERGIA DO PENSAMENTO
Francisco Amado

Todo pensamento cria uma série de vibrações na substância do corpo mental, correspondentes à natureza do mesmo pensamento, e que se combina em maravilhoso jogo de cores, tal como se dá com gotículas de água desprendidas de uma cascata, e atravessadas pelo raio de sol. Os pensamentos tem cores e formas em conformidade com seu tipo e gravita em torno de seu gerador. Se este pensamento é uma aspiração pessoal, tal como se dá com a maioria dos pensamentos, este fica ao redor do seu criador, pronto sempre a reagir benéfica ou malèficamente. Estranhas formas simbólicas representam os sentimentos que as originaram. 1. A usura, a ambição, a avidez, produzem formas retorcidas, como que dispostas a prender o objeto cobiçado. 2. O pensamento, preocupado com a resolução de um problema, produz filamentos espirais. 3. Os sentimentos endereçados a outros, sejam de ódio ou de afeição, originam semelhantes aos projéteis. 4. A cólera, por exemplo, assemelha-se ao zigue-zague do raio, o medo provoca jactos de substância pardacenta, quais salpico de lama. De posse destas informações eu acredito ser prudente o leitor começar a analisar e vigiar seus pensamentos a fim de não ser vitima de suas próprias criações. Eu particularmente sempre achei atraente estudar sobre as possibilidades da mente e seus poderes. Neste contexto é fácil compreender o as palavras de Jesus quando afirmou: Aquele que tiver a fé do tamanho de um grão de mostarda dirá a este monte passa daqui para acolá e isto se dará. Que maior felicidade do que essa, a de sabermos capazes de vencer todos os obstáculos e de resolver todos os problemas? Mas depende unicamente de você pôr ao seu serviço toda a energia mental que possui. A verdade é que pensar é criar. A realidade dessa criação pode não se exteriorizar, de súbito, no campo dos efeitos passageiro, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados particular para o esforço de continuidade ou extinção. Os maus pensamentos contagiam os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios contagiam o ar respirável. Quer dar um novo rumo para sua vida? Pois comece a dar um novo rumo para seus pensamentos começando por mudar o modo que você encara a vida. O pensamento é fundamentalmente plasmador tendendo a concretizar-se na medida em que for estimulado pela ardência de seus desejos. O que você deseja? Pois já é seu. Basta que você alimente este desejo e crie as condições para atingir seu objetivo, mas sem desconfiança em seu coração. Para desenvolver certas habilidades é preciso treinamento, portanto comece a treinar sua mente para potencializar seu poder mental. Repita todos os dias palavras positivas, crie horários para meditar sobre seus objetivos e visualizar sua conseqüências. Mas não faça nada no futuro, tipo “eu vou conseguir um bom emprego” vou ganhar, vou parar, terei, etc. Isto é futuro e você quer agora, portanto pense no presente, comece a ser agora a criar suas formas pensamentos e fortalece-las todos os dias para em seguida constatar que seus exercícios resultam em conseqüências positivas. Talvez você pense que tudo isto é muito místico ou muito fora da realidade, sem base cientifica etc, etc. Mas vou lhe passar alguns dados. Albert Einstein---- A IMAGINAÇÃO É MAIS IMPORTANTE DO QUE O CONHECIMENTO Amit Goswami—-vive nos Estados Unidos. É PHD em física quântica e professor titular de física da Universidade de Oregon. Claro, na criatividade, transformamos fantasias, transformamos algumas fantasias em algo científico. Porque algumas delas são fantasias criativas. Em outras palavras, a imaginação, a parte mental de nossas vidas, a parte interna de nossa vida, é fundamental no que fazemos no mundo externo. Porque a consciência é a base do ser, e o que pensávamos ser material e real, e o que pensávamos ser fantasia e irreal, esta distinção não é muito clara, agora. São todas possibilidades da consciência. Portanto, é a consciência que as valida, que escolhe entre elas, que lhes dá substancialidade. Então, qual delas será substancial depende totalmente da escolha, do contexto no qual a consciência as vê. Bem, acredito que você tem dados suficientes para fazer sua escolha, continuar a morrer de fome abeira de portas entupidas de alimento, ou tomar posse do que é seu por direito. Qualquer coisa que se imprima no subconsciente irá se expressar no tempo e no espaço como condicionamento, experiência e acontecimento. Mas a ação se faz necessária perante a fé. A lei da mente é a lei da fé. Isso significa acreditar na maneira pela qual sua mente funciona, acreditar na própria fé. Não é aquilo em que se acredita, mas a fé em sua própria mente que traz os resultados.


sábado, 1 de agosto de 2009

Motivação X Técnica
Evandro C. Vieira

Para sobrevivência no mercado atual de trabalho, as empresas esperam de seus colaboradores basicamente duas competências fundamentais: possuírem técnica na execução das atividades da função que exercem e também, serem profissionais motivados.
Mas afinal de contas, o que mais contribui a favor de um profissional, ser mais técnico ou ter mais motivação? Será que é possível dosar pesos diferentes nestas duas importantes competências?
Encontramos, principalmente no esporte, diversos exemplos que ilustram melhor esses dois modos de atuar. Quem não se lembra, por exemplo, da copa de 1998 na França?
De um lado tínhamos o Brasil, um time claramente superior tecnicamente e quatro vezes campeão mundial; do outro, a França, um time não muito técnico, mas que naquele momento tinha as maiores motivações possíveis para doar-se completamente na busca da vitória e poder chegar ao seu primeiro título mundial jogando em casa. Neste caso, prevaleceu a “motivação”, foi a maior vitória de um time sobre o Brasil numa final de Copa do Mundo, três a zero para França.
Trazendo para o contexto corporativo, imagine o resultado que podemos atingir se trabalharmos estrategicamente nossas técnicas e motivações!
Poderíamos citar aqui diversos exemplos onde a técnica ou a motivação foram fundamentais para o sucesso alcançado. Muitos apostam que o profissional ideal se resume a aquele que consegue encontrar o equilíbrio perfeito entre “motivação e técnica” sabendo intensificar cada qual no seu momento mais oportuno.
Lembrando que a técnica se resume ao conhecimento (intrínseco e extrínseco) do colaborador, ou seja, é adquirido e (pode ser) aperfeiçoado com o tempo, tendo o colaborador apenas a vontade de aprimorar-se. Já a motivação, necessita de um maior envolvimento sentimental do colaborador (mesmo que ativado por terceiros), visto que esta mexe pouco (ou muito pouco) com o conhecimento tecnico. Vamos ao caso de Mozart, ele não possuia conhecimento técnico algum, e sua cegueira poderia ser um impecilio para ele se tornar o que foi. Mas sua motivação era muito maior do que qualquer problema que ele vinha a ter. E frente a esta motivação, adquiriu conhecimento tecnico o sulficiente para se tornar um dos maiores pianistas do mundo.
A motivação ajuda a estruturar a técnica. A técnica sem a motivação é como um "coxo" em campo de futebol. Existem colaboradores cegos que tocam piano com uma mão e com a outra compõe uma sinfonia, e existem colaboradores de face albina, uma gravata com um nó perfeito e uma visão excelente, mas que nem com ajuda conseguem tocar apito em marcha de carnaval.
E você, o que pensa a respeito deste assunto?
Em sua opinião, o que seria mais importante, ser mais técnico ou ter mais motivação?